XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória com diversidade de temas

XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória com diversidade de temas

O XIII Congresso Nacional de Cirurgia Ambulatória da Associação Portuguesa de Cirurgia Ambulatória (APCA) irá mobilizar perto de mil profissionais de saúde a Santo Tirso, entre os dias 15 e 17 de junho, números que espelham a evolução positiva da reunião nos últimos anos. Carlos Magalhães, presidente da APCA, aproveitou a ocasião para desvendar mais informações sobre a iniciativa, que contará com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na cerimónia de abertura.

“A Cirurgia de Ambulatório (CA) continua a ser uma das áreas de maior destaque no panorama da Saúde em Portugal, mantendo-se um elevado crescimento, que foi exponenciado após a pandemia. Este é um congresso que, tradicionalmente, tem uma elevada adesão em termos de participação e este ano vai registar-se mais uma vez uma elevada participação (acima dos 800 participantes), com delegados vindos de todos os hospitais a nível nacional”, referiu Carlos Magalhães, reforçando que apresenta sempre expectativas elevadas para todas as edições do evento.

Também Joana Correia, tesoureira da APCA, revelou que houve uma grande adesão de profissionais de saúde para esta edição, devido à aposta nos temas de gestão e sessões clínicas, tentando dar voz à diversidade de especialidades e profissionais que dão vida às Unidades de Cirurgia de Ambulatório.

Por seu lado, José Curralo da Cruz, cirurgião coordenador do Congresso, disse que esta edição é “o regresso do Congresso a um centro periférico em relação aos grandes centros urbanos. Isso valoriza o trabalho feito nos centros de cirurgia ambulatória não tão divulgados ou conhecidos. Vai abranger muitos temas e as diversas etapas do trabalho em equipa”.

Anabela Oliveira, enfermeira coordenadora do Congresso, espera que sejam dias de grande participação, interesse, partilha, aquisição de novos conhecimentos e reforço dos existentes que temos vindo a praticar ao longo dos anos. “Que sejam momentos de orgulho de pertencer a um grande grupo de trabalho que se dedica ao utente. Que saiamos com capacidade crítica e de reflexão, que nos questionemos sobre a nossa essência de onde vimos para onde queremos ir e que, acima de tudo, nos desinquiete e nos faça avaliar qual o nosso papel como equipa”, expecta.

O presidente da APCA sublinhou o facto de estar previsto um fluxo elevado de atividades, contando com a realização de 150 trabalhos, como comunicações-livres, pósteres e vídeos. “A comissão organizadora desenvolveu um programa científico de elevada qualidade que irá contribuir para o crescimento e uma ainda maior implementação da cirurgia de ambulatório nas nossas instituições de saúde. De realçar também que neste congresso se bateu o recorde de trabalhos e comunicações livres enviadas, o que revela o grande interesse por esta área por parte de todos os profissionais envolvidos na cirurgia de ambulatório”.

Já sobre os temas em análise, destacou especialmente a abordagem das temáticas da gestão e organização; qualidade e segurança; e da importância da equipa, como papel principal para o sucesso dos procedimentos cirúrgicos realizados em cirurgia de ambulatório. Além disso, avançou que serão discutidos todos os temas atuais da área de anestesia, das diferentes especialidades cirúrgicas e da área de Enfermagem, realçando a importância da mesa-redonda sobre o papel que a cirurgia robótica vai ter no futuro na cirurgia de ambulatório.

Em concordância, Joana Correia destacou o tema da sustentabilidade “sendo indispensável refletirmos sobre formas mais equilibradas de atuação nos nossos locais de trabalho”.

Relativamente à importância do congresso para a cirurgia de ambulatório, José Curralo da Cruz afirmou que é um momento que permite a partilha de experiências entre pares, a perceção da evolução e o desenvolvimento da cirurgia ambulatória. Acerca do ponto de situação da CA em Portugal, referiu que se mantém como aposta firme nos cuidados de saúde em Portugal. “Mantemos e teremos sempre níveis diferentes de desenvolvimento das unidades de cirurgia ambulatória no país, quer devido às características demográficas das populações quer devido às diferenças de financiamento entre as unidades hospitalares. Com o envelhecimento da população e necessidade de camas hospitalares para esses utentes, tudo o que possa ser feito em cirurgia ambulatório é sempre de grande benefício para os utentes, desde que sejam mantidos critérios de segurança e qualidade nos cuidados”, explicou. Similarmente, a enfermeira garantiu que a CA se encontra em franco desenvolvimento, fazendo referência ao papel primordial que a APCA tem tido neste desenvolvimento, permitindo que Portugal seja um dos países pioneiros nesta área.

“A principal mensagem que gostaria de deixar a todos os delegados presentes neste congresso será a de que aproveitem a estadia na cidade de Santo Tirso, que se juntem à ‘grande família da cirurgia de ambulatório e da APCA em Portugal’ e que, após este congresso, levem e apliquem todos os ensinamentos e conhecimentos adquiridos aqui nos seus hospitais e unidades de saúde, para benefício dos nossos doentes”, finalizou o presidente da APCA.